domingo, 2 de dezembro de 2012

DIÁSPORA poesia popular

-->No porão do navio negreiro,
Gritos sussurros e lamentos;
Carnes sendo dilaceradas,
Jogadas de encontro à amurada;
Chicote uivando no ar,
Corpos sendo  jogados ao mar.

Fome, desespero e medo.
Liberdade foi apenas uma utopia;
Mas um corpo cai sem vida ao meu lado,
Um cheiro fétido exala no ar,
São tantos os corpos amontoados,
Que mal se consegue respirar.

O êxodo forçado aniquila a todos.
E aqui, presos aos  grilhões,
jogados em fétidos porões,
somamos  já muitos  milhões
Transportados sem dignidades,
Perdemos a nossa identidade .

Hemes MST

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